Eis o resultado das interpelações feitas a alguns dos seus tripulantes e passageiros. As respostas é que não cabem na cabeça de ninguém!

Quinta-feira, 09 de Dezembro de 2010

Vivo rodeado de muita gente que não interessa a ninguém, mas, felizmente, ainda vou encontrando pessoas de quem posso tirar algum proveito. É o caso do Monet, que é um dos dentistas da Nave dos Loucos. Foi por isso que, quando ontem o encontrei, logo aproveitei para lhe perguntar se ele sabia qual era a maneira mais fácil de lidar com o impulso da vontade. Ele, inspeccionando as suas unhas, respondeu:

 

 

 

 

Monet, a descansar.

 

Olha, amigo, quanto a essa questão da vontade, o melhor que há a fazer é manifestá-la. Ou seja, sem perderes a base do bom senso, não te reprimas. Sabes porquê? Porque algo em ti sabe perfeitamente o que é conveniente para ti. Esse «algo» é o teu coração, como se costuma dizer. Ele é o símbolo da tua essência, que, no silêncio e na quietude – e não no meio da chinfrineira com que gostas de te rodear – tudo faz para dar uma boa orientação aos teus passos. Assim tu deixes! Podes não acreditar, mas esta é a forma de não cometeres tantos erros. Se queres que te diga, trata mas é de manifestar as tuas vontades claramente. E, já agora, sem medo do desconhecido e das consequências que delas possam resultar. Digo-te isto porque eu já sei que, se estiveres distraído, começas logo a projectar consequências assustadoras. É a tendência natural. Mas quem te garante que assim será? Habitua-te a encarar as coisas pelo lado positivo. No meio da insanidade deste mundo, não é fácil, mas é possível. Nunca te esqueças de que a vontade – não o desejo - sempre te levará ao encontro daquilo que precisas de experimentar e de aprender. Mas é preciso que te afoites.

 

Quanto mais me dizem para ser afoito, mais eu me encolho! Tem sido assim ao longo de toda a minha vida. Monet, o dentista, não me aplicou a sua broca odontológica, mas foi quase como se a tivesse usado. Fruto da conversa, saí dali com um zumbido nos ouvidos que me fazia lembrar esse instrumento de tortura!

publicado por Gerador de posts às 08:33

De Arnaldo a 9 de Dezembro de 2010 às 20:37
O corpo dos desejos do Homem, serve para nos impulsionar para duas coisas, para nos ajudar a evoluir no sentido positivo ou para nos manter na escravidão na matéria do plano terreno. Cabe a cada um saber o que quer experimentar.

Abraço fraterno

De Anónimo a 9 de Dezembro de 2010 às 20:55
Eu tenho vontade de ir ali comer umas deliciosas bolachas cobertas de chocolate preto. O pior é que são como as cerejas, começo a comer uma e vai outra e outra... Vá lá que não tenho tendência para engordar...
Mas esta vontade de comer as bolachinhas é um desejo. Não quero ser do contra, mas ...enfim... ignorância, n'e?

Uma coisa do coração: não vos digo como, mas nos últimos dias vocês (ER e VS )têm-me sido de grande ajuda.
Muito obrigada!
Com uma vénia me retiro. E um abraço.
Princesa

De Agostinho Santos a 10 de Dezembro de 2010 às 14:55
O Desejo e a Vontade ...

O desejo ... impulsional, intenso, sublime, voluptuoso, imediato, sintoma de carência mas que desaparece assim que é satisfeito ! !


A vontade ... é a liberdade de escolha, tem o seu tempo, não é necessário ser agora, cresce ainda mais se for genuina e pura! Assim sendo, o melhor que há a fazer é manifestá-la ... a vontade!

De maria carolina lobo a 19 de Dezembro de 2010 às 14:48
Há mesmo a liberdade de escolha? Esta discussão é antiquíssima,há defensores do sim e do não e com razões muito aceitáveis.Eu defendo que a liberdade de escolha é uma ilusão.
As nossas escolhas estão condicionadas às circunstâncias.
Pessoas,problemas,oportunidades e contratempos aparecem nas nossas vidas sem os termos escolhido e mesmo quando vamos por aqui em vez de ir por ali,acabamos muita vez por encontrar quem não queremos e escolher o que não devemos.Por isso é bom que tenhamos a cabeça arrumada e saibamos que se agirmos de modo a não prejudicar o nosso próximo e sempre numa tentativa de harmonia por muitos problemas que tenhamos eles se irão resolvendo porque a lei do retorno existe .

De Ana Martins a 26 de Dezembro de 2010 às 00:40
Demorei, mas cheguei à conclusão que concordo com a Maria e com o Agostinho também. Explico: Sim, temos liberdade de escolha. Porém, condicionada a circunstâncias, algumas passadas há já tempo, outras mais recentes. Assim escolhemos a dedo as pessoas e espaços/situações na nossa vida e isso é a nossa vontade. Se me dizem que não escolhemos os pais ou filhos, eu digo que não é por acaso que os temos. é sim para resolver, aprender/ensinar alguma coisa, mais, existem ainda os pactos que vamos fazendo ao longo da(s) vida(s) e que temos de honrar. Concordo com a existência da lei do retorno, mas entendo que a cada momento criamos ou recriamos realidades nocivas a outros, sem que disso nos apercebamos, algumas vezes.

De Rui a 14 de Dezembro de 2010 às 21:52
O meu nome é Rui Ferreira
O trabalho que tem vido a fazer neste blog, é de excelente qualidade, e de igualmente nos livros editados.
A FORMA como aborda os temas são subtis relativamente ao que já li em alguns livros .Mas o que importa é que a informação chegue e eleve a consciência dos seus leitores .


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